2006/07/03

Mulheres Activa? Ou Mulheres Maria?

Gajas!

Tanta merda com a mulher moderna isto, a mulher moderna aquilo... vai na volta, vai-se a ver... Dasse!

E depois ainda esperam encontrar gajos que as compreendam. Good luck, Jane! :)

10 Comments:

Blogger Sea said...

olha... no comments...
As pessoas fazem cada estupidez, que até mete dó.
Atão o gajo tem duas (pelo menos), engana a mulher e ainda pede à amante que seja fiel e exclusiva? Mas que grande anormal.

14:03  
Blogger Llyrnion said...

Os anormais educam-se. E n me parece q a titude dela seja lá mt pedagógica.

N o estou a desculpar. Simplesmente a dizer q you gotta have two to tango.

08:40  
Anonymous Anónimo said...

"Good luck, Jane! :)"

Obrigada...bem preciso.

Na minha opinião (e correndo o risco de ser verbalmente linchada pela grande maioria das Janes), a "mulher moderna" anda equivocada. Falo daquelas mulheres que afirmam categoricamente acreditar na inviolabilidade do conceito "fidelidade", quando se fala em "amor romântico".

Surpreende-me que a fidelidade conjugal, que mais não passa de um dever, contrário aos nossos instintos (sim, absolutamente antinatural), seja ainda considerada um dos mais altos valores morais, tendo em conta as suas raízes históricas tão pouco éticas.

Olhemos, pelo menos, para a História e vejamos os exemplos dos nossos amigos, os Antigos Egípcios, Gregos e Romanos. O casamento surge aí como um contrato, um dever e mais não foi do que uma bem conseguida estratégia para que os homens (sim, foram eles) exercessem legalmente (curiosa a palavra lealdade que vem do Latim legare e que significa legal) o seu poder sobre as mulheres, subalternizando-as.

A exclusividade nasceu do machismo e foi a fórmula perfeita que permitiu e tornou socialmente correcta a escravização de um sexo pelo outro. A Igreja também deu uma ajudinha, acrescentando-lhe o sentimento de culpa.

Sim, fomos enganados. De facto, é uma das mentiras mais bem contadas da história da humanidade.

18:03  
Blogger Llyrnion said...

Hallo, Jane :)

Olha, nunca tinha visto a coisa por esses moldes.

Eu sou um dos "enganados". Acredito na fidelidade. Tal cm expliquei uma vez, isso não implica exclusividade, mas sim respetiar um acordo explícito entre as duas (ou mais) partes de uma relação.

Até hj, as minhas relações foram sempre monogâmicas. N sei cm irei reagir se alguma vez me encontrar numa relação diferente.

A verdade é q se contares uma mentira o nº suficiente de vezes, ela torna-se justamente o oposto. N sei se é esse o caso, mas admito q tb n é assunto q me tire o sono :)

:*

23:10  
Anonymous Anónimo said...

Llyrnion,

Gosto de questionar os motivos que me levam a pensar e/ou a agir de determinada forma. Tu não?

"Até hj, as minhas relações foram sempre monogâmicas."

Porquê?

Porque sempre foi essa a tua vontade e não sentes necessidade de o explicar?

Porque o consideras normal?

Por motivos exteriores?

Porque acreditas que só se pode amar uma pessoa de cada vez?

Porque não negas o desejo sexual por outras pessoas, mas acreditas em acordos?

Sei que o assunto não perturba o teu sono(e ainda bem; seria uma asneira), mas faz-me lá a vontade e ajuda-me a compreender. Tenho-te em boa conta. Pareces-me ser um bom anfitrião.

12:44  
Blogger Llyrnion said...

"Gosto de questionar os motivos que me levam a pensar e/ou a agir de determinada forma. Tu não?"

Há pessoas q me dizem "Eu ando em constante auto-análise, questiono-me a cd passo"; eu só mt raramente sou assim. Na maior parte do tempo sigo ao sabor da vida... às vezes com demasiado desprendimento, é certo :)

De uma maneira geral, creio q só me questiono qd detecto - ou qd alguém me aponta - algo q me incomoda, q me leva a pensar sobre o q poderá estar por detrás de um atitude minha, q poderá n ser tão clear-cut cm eu pensava.

"Porque o consideras normal?"

Bem, aqui entra a questão que mencionaste - fomos educados assim, e é o q assumimos cm normal. No entanto, no q me diz respeito, isto já foi verdade. Hj em dia, já não o é, e aceito, em teoria, ambos os tipos de relação; digo "em teoria", pq nunca passei por uma relação não-exclusiva. Acho q aceito, mas n o posso afirmar com 100% de certeza :)

"Porque acreditas que só se pode amar uma pessoa de cada vez?"

Olha, aqui n sei o q te diga. Por causa de umas "conversas" com um outro blogger, andei a pensar no assunto por uns tempos, e desconfio q podemos amar mais q uma pessoa de cd vez, mas n tenho nd em q basear a minha afirmação - apenas um "desconfio". Ou talvez um "N vejo pq não".

"Porque não negas o desejo sexual por outras pessoas, mas acreditas em acordos?"

Sim, qd estava "comprometido", a minha atracção por outras mulheres n desaparecia. Simplesmente, entendo q é necessário respeitar o espírito com que ambos (para n dizer "todos" :) ) entramos para uma relação. O acordo, como lhe chamaste, é algo a q dou mt importância, pq é esse o compromisso q assumimos, e fazêmo-lo pq o q sentimos é suficientemente forte para acharmos q vale a pena.

Qd disse "Até hj, as minhas relações foram sempre monogâmicas", foi pq as minhas companheiras encaravam as coisas assim, e eu aceitei-o com td a naturalidade. E fá-lo-ei novamente, se a minha próxima companheira for alguém q acredite na monogamia.

The bottom line is... se encontrar uma mulher que me atraia, que me prenda, e que me leve a pensar "Gostava de me lançar com ela", esta n é uma questão q eu considere fundamental.

N sei se te consegui explicar o meu pt de vista...

"Tenho-te em boa conta. Pareces-me ser um bom anfitrião"

Bigado :) Faz-se por isso... uns dias correm melhor, outros pior.

14:09  
Anonymous Anónimo said...

"N sei se te consegui explicar o meu pt de vista..."

Achas que conseguiste? Acredito que o tenhas procurado fazer.


"fomos educados assim, e é o q assumimos cm normal"

Não detectas, portanto, aqui nada que te incomode?


"e aceito, em teoria"/"acho q aceito"

Também há os que são católicos e os que são católicos "não praticantes". Em que é que ficamos?
É uma questão de aceitar ou de acreditar?
Respondes-me, falando-me dos outros. Estou a falar contigo (em exclusivo :))e gostava que me dissesses o que é que tu pensas. Não o que os outros pensam e se tu o aceitas, ou não.


"desconfio q podemos amar mais q uma pessoa de cd vez"

Vou deixar-te em paz e passar esta à frente.


Fiquei curiosa... puseste comprometido entre aspas porquê?


"o acordo, como lhe chamaste, é algo a q dou mt importância"

De acordo :)


"pq o q sentimos é suficientemente forte para acharmos q vale a pena"

Que vale a pena o quê? Reprimir o desejo? Amarás menos ou pior, se não o reprimires?


"pq as minhas companheiras encaravam as coisas assim, e eu aceitei-o com td a naturalidade"

É natural. Penso que começo a compreender melhor o que queres dizer.


"Gostava de me lançar com ela"

Acho que fazes muito bem. Não fosse o desejo, não estaríamos aqui.


"esta n é uma questão q eu considere fundamental"

Estaremos realmente a perder, se não sentirmos efectivamente que estamos a perder algo? Esta até pode ser retórica portanto posso responder: cada vez me convenço mais que não. Who cares?


Obrigada pela hospitalidade :)

P.S.- Falha minha, não ter retribuido o beijo. Não foi falta de etiqueta, foi falta de atenção. :*

20:41  
Blogger Llyrnion said...

"Achas que conseguiste? Acredito que o tenhas procurado fazer"

Obrigado pelo voto de confiança. One does try one's best :)

"Não detectas, portanto, aqui nada que te incomode?"

N mais do qq outro aspecto da minha "educação formal" (à falta de melhor expressão) q a vida me acabou por me mostrar q n era assim tão black & white. Teria sido melhor se tivesse aprendido certas coisas mais cedo, mas dou-me por feliz por as ter aprendido at all.

«Também há os que são católicos e os que são católicos "não praticantes". Em que é que ficamos? É uma questão de aceitar ou de acreditar?»

Neste momento, é uma questão de aceitar. É uma questão de n recusar à partida, de dizer "Sim, seria capaz de experimentar". N na onda do católico "n-praticante", q é católico pq n teve direito a escolha, nem sabia o q lhe estavam a fazer, mas no sentido de alguém q n sabe mt bem aquilo q o espera, mas q está disposto a tentar, e fazer o melhor q conseguir.

"Respondes-me, falando-me dos outros. Estou a falar contigo (em exclusivo :))e gostava que me dissesses o que é que tu pensas. Não o que os outros pensam e se tu o aceitas, ou não"

É difícil responder a isto, pq uma das situações é-me completamente alien, i.e., nunca passei por ela. O q penso é o q disse acima - sei q serei capaz de experimentar, se a oportunidade se apresentar. Dizer-te mais q isto seria mentir.

"Vou deixar-te em paz e passar esta à frente"

Bigado, but you don't need to hold back your punches :)

"Fiquei curiosa... puseste comprometido entre aspas porquê?"

Parvoíce minha. Estou habituado a q a palavra tenha uma conotação formal, de casamento com papel passado, and all that jazz, e n era isso q queria transmitir. Sorry, my bad.

"Que vale a pena o quê? Reprimir o desejo? Amarás menos ou pior, se não o reprimires?"

Não se trata de amar menos ou pior, mas de quebrar uma expectativa da pessoa com quem estou. Ela diz-me "Eu só me entrego a relações exclusivas"; e se eu digo "OK", então tenho a obrigação de cumprir; se eu considerar isso inaceitável, digo-o up-front, e ponto final. As simple as that.

Dizes - e com razão - q te respondo falando nos outros, mas isso é inevitável; afinal, trata-se de uma relação com outra pessoa, n é só o que penso que conta, e n me posso cingir apenas à minha opinião.

A única relação em q só a minha opinião conta é aquela q tenho com a minha mão direita ;D

"Estaremos realmente a perder, se não sentirmos efectivamente que estamos a perder algo? Esta até pode ser retórica portanto posso responder: cada vez me convenço mais que não. Who cares?"

You do, e isso é importante. Eu n sei o q estou a perder, pq nunca passei por isso. Daí dizer q n é fundamental pa mim. Se calhar, depois de passar por uma relação não-exclusiva, mudo de ideia; se calhar, não.

Uma coisa te digo - o importante é conseguir estar em paz comigo próprio. O tal desprendimento de q te falava existe com esse objectivo - n dar a nenhum aspecto da minha vida mais importância do q ele realmente tem, nem me deixar ir abaixo, pq há mt pouco q o justifique; sim, é um objectivo - há dias em q chego lá, há outros em q tenho q aceitar q falhei, e tentar fazer melhor no dia seguinte.

Acho q cd um de nós até faz uma ideia (+/- fantasiosa) do q poderá estar a perder, ao optar por uma alternativa em detrimento de outra. Mas uma vez tomada a decisão, put it behind your back, and get on with your life.

P.ex., cheguei à conclusão, há poucos anos, q a coisa q mais aprecio numa mulher é a desinibição. Após algumas conversas, cheguei à conclusão q o melhor "sítio" para encontrar mulheres assim era na night. Só q eu n tenho gd pachorra pa a night, n somos mt compatíveis, eu e ela. Epa, aceitei q n era pa mim, q n estava disposto a mudar por causa disso. É pena, admito-o; até faço uma ideia do q posso estar a perder - pelo menos, a parte boa :) - mas n me arrependo da minha decisão.

Portanto, se isso é realmente importante pa ti, n digas "Who cares?", até pq diria q estás, antes de mais, a tentar convencer-te a ti própria.

"Obrigada pela hospitalidade :)"

You're welcome. Desculpa lá o testamento, mas n é um assunto q se resuma em meia-dúzia de linhas, nem sobre o qual eu tenha mts certezas.

"P.S.- Falha minha, não ter retribuido o beijo. Não foi falta de etiqueta, foi falta de atenção. :*"

Epa, aqui n há obrigações, nem eu reparo mt nessas coisas. Eu próprio me esqueço, às vezes. Enfim, já deves saber... os gajos e os pormenores, e tal :D

Um :*, Jane.

22:42  
Anonymous Anónimo said...

"se eu digo "OK""

Jogo limpo. Correcto.

O que eu queria mesmo é que desses a volta comigo. Que tal o contrário? Quais são as tuas expectativas? Respostas do tipo "nunca passei por isso, elas eram todas monogâmicas", não contam. Trabalhos manuais, também não:)
Eu já dei a volta, várias vezes. Para testar a minha coerência. Para ver se doía.


"o importante é conseguir estar em paz comigo próprio"

Às vezes, confunde-se paz com conforto. Podemos vir a pagar caro por isso.


"n dar a nenhum aspecto da minha vida mais importância do q ele realmente tem"

Lá dizia Shakespeare: "Tanto barulho por nada". Sexo é sexo. Ponto final. Aonde é que está a virtude ou a falta de escrúpulos? Tão lá a assistir... a dar uma mãozinha?


"o melhor "sítio" para encontrar mulheres assim era na night"

A noite é ambígua. Há por lá muitas Cinderelas.


"estás, antes de mais, a tentar convencer-te a ti própria"

Fair enough (andas a pegar-me os inglesismos, caneco!)
Tal como tu, não tenho muitas certezas -também sou humana,pá!- mas ainda esperneio um bocado antes de aceitar muitas das "Verdades Universais" que por aí andam. Algumas passam-me certamente ao lado, outras topo-as agora à distância, outras, ainda, são velhas conhecidas.
Houve um episódio da minha adolescência que funcionou como uma revelação. Julgo que foi a partir dessa altura que comecei a perceber que algo estava errado. Demorei foi muito tempo a perceber que não era comigo.


"Desculpa lá o testamento"

Nada a desculpar. Gosto da tua sinceridade.


Um :*, sem obrigações

20:04  
Blogger Llyrnion said...

«O que eu queria mesmo é que desses a volta comigo. Que tal o contrário? Quais são as tuas expectativas? Respostas do tipo "nunca passei por isso, elas eram todas monogâmicas", não contam. Trabalhos manuais, também não:)
Eu já dei a volta, várias vezes. Para testar a minha coerência. Para ver se doía.
»

As minhas expectativas, relativamente a uma relação não exclusiva? Não sei se não irá chegar a altura em q direi "Desculpa lá, mas isto n é pa mim. Qd penso q estás com outro homem q não eu, há algo em mim q n aguenta e quebra". N te posso dizer mais q isto, pq eu ainda n sei cm dói. Ainda n senti na pele, percebes? Pode até nem doer nd, pode ser uma coisa q eu aceite na boa. Lamento se ficaste frustrada com a minha resposta, mas é o q tenho de momento.

Quanto às minhas expectativas pa uma companheira, seja ou não em exclusividade - uma mulher q seja capaz de me dizer td o q tem a dizer sem perder a calma (e q me exija o mesmo); uma mulher q me ajude a equilibrar, qd eu preciso (e q me exija o mesmo); uma mulher com desinibição suficiente pa me mostrar os recantos mais escuros e secretos da sua libido (e q me exija o mesmo), e já agora se a sua depravação tendesse pa o mesmo lado da minha, seria óptimo :) (mas eu tenho consciência q isto é mt difícil); sei lá, uma alma gémea. Não no sentido cor-de-rosa habitual, mas alguém capaz de juntar a sua palete à minha, na esperança de conseguirmos pintar algo que nos satisfaça e nos preencha a ambos.

"Às vezes, confunde-se paz com conforto. Podemos vir a pagar caro por isso."

É verdade. Conheces alguma golden rule pa as distinguir? :) Eu não. Limito-me a fazer o meu melhor, and hope for the best.

«Lá dizia Shakespeare: "Tanto barulho por nada". Sexo é sexo. Ponto final. Aonde é que está a virtude ou a falta de escrúpulos? Tão lá a assistir... a dar uma mãozinha?»

Sim, isso é verdade. Mas Shakespeare, em td a sua genialidade, esqueceu-se de um pequeno pormenor - "cada um é cm cada qual", e ninguém sabe realmente cm as coisas são até ter q passar por elas.

"Fair enough (andas a pegar-me os inglesismos, caneco!)"

Comigo, isso é fácil de acontecer. O inglês foi algo para o qual nunca tive q me esforçar. Aprendi-o com td a facilidade, e agora é second-nature :)

"Tal como tu, não tenho muitas certezas -também sou humana,pá!- mas ainda esperneio um bocado antes de aceitar muitas das "Verdades Universais" que por aí andam. Algumas passam-me certamente ao lado, outras topo-as agora à distância, outras, ainda, são velhas conhecidas."

Td bem, mas a minha questão é - se já passaste por uma situação dessas, então vais anos-luz à minha frente; já sentiste na pele.

A maior sensação de perda pq passei até hj foi qd o meu melhor amigo (éramos amigos desde a infância) morreu de um momento para o outro. Td aquilo q eu considerava sofrimento causado por um sentimento de perda passou a peanuts, comparado com o que eu senti naquele momento. Se, antes disso, alguém me dissesse "Perda? Sabes lá o q é realmente perder alguém", eu responderia "Talvez". Hj em dia, digo "Sim, até aquele momento, nunca soube realmente o q era perder alguém".

"Houve um episódio da minha adolescência que funcionou como uma revelação. Julgo que foi a partir dessa altura que comecei a perceber que algo estava errado. Demorei foi muito tempo a perceber que não era comigo."

Sim, a adolescência é mt rica em revelações, mas n é o momento em q nos encontramos melhor equipados para as decifrar :)

Daí a velha história de "Quem me dera volta atrás, sabendo o q sei hj"

00:48  

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