2006/11/21

Embalagem Sem Alma (1999-12-27)

E o Cavaleiro Solitário
Cavalga contra o poente
Cavalga contra a corrente
E arrasta as suas correntes

Apenas lhe vemos as costas
Não vemos as lágrimas
Que lhe caem pelo rosto

Ele pensa nela
Será que ela pensa nele,
Nem que seja só de vez em quando?

Mas o Cavaleiro é Solitário
E está tão bem assim
E está tão arrependido assim
E está tão orgulhoso
Deste caminho
Neste caminho
Que escolheu contra sua vontade

E sofre de cabeça erguida
Ao ver a sua vida
Perdida
Afogada
Numa série interminável
De pôres-do-sol

E ele já nem sabe bem
Se é ontem
Ou se já é hoje…

E diz-me, Cavaleiro,
É mais fácil assim?
Fugir, dia após dia
Porque não quiseste
Enfrentar o problema?

Espera, não respondas
Deixa-me adivinhar…
Não estavas preparado
Para te comprometer
Numa relação a 100%
Agora, sentes-te um jumento
Ao veres que estavas enganado
Grande merda!
Para este sentimento
De perda
É que não estavas preparado

2 Comments:

Blogger Teresa Durães said...

as coisas que se descobrem... depois!

10:30  
Blogger inBluesY said...

já tinha lido, por aqui obvio, mas só hoje consegui ter olhos para ler, é muito bom, e quantas vezes né?

1 bj*

13:21  

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